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Residente enfrenta desafios da pandemia e comemora alta 2000 no Hospital Santa Marcelina


Aos 23 anos, o médico Flávio Vieira Marques Filho, é um dos milhares de profissionais da saúde que vêm enfrentando desafios exaustivos e, ao mesmo tempo, momentos de plena gratidão no enfrentamento da Covid-19. Residente de Neurologia do Hospital Santa Marcelina, em São Paulo, o egresso da Suprema foi o responsável pela alta da paciente de número 2.000, curada da Covid -19 na instituição. O momento, que já faz parte da história do jovem médico, mereceu comemorações especiais no hospital e marcou mais uma expressiva vitória da Medicina e dos profissionais de saúde contra o novo coronavírus.


Atuando no setor de Infectologia em junho, no auge da doença em São Paulo, Flávio conta que, como residente, assistia diariamente cerca de dez pacientes, todos eles com suspeita ou diagnóstico confirmado de Covid-19. A rotina diante da pandemia exigiu dedicação e cuidados absolutos. “É uma situação estressante, que requer muito, tanto do lado teórico da Medicina, por se tratar de uma doença nova, quanto do lado emocional, pela rotina permeada de estresse que, muitas vezes, acaba beirando à exaustão. Sem visitas autorizadas ao paciente, nós, médicos, nos tornamos a ponte entre ele e seus familiares para informações sobre seu estado de saúde, fato que aumenta ainda mais a carga emocional”, explica o residente.


Em contrapartida, Flávio destaca que a maior gratidão foi poder acompanhar a evolução e a melhora dos pacientes. “Ligar para a família buscar o parente que estava de alta era, sem dúvidas, um dos melhores momentos. Fui responsável por 24 altas no período em que estive na Infectologia e, dentre elas, a alta de número 2 mil. Foi uma grande festa, uma satisfação tremenda”. Ainda segundo Flávio, o apoio e a empatia dos preceptores, dos colegas e da direção do hospital amenizaram o momento de extrema vulnerabilidade em que se encontravam os profissionais e os pacientes.


Formação sólida garante bom desempenho profissional

Flávio Vieira recorda-se da sua formação na Suprema que o permitiu desempenhar todo este trabalho num momento completamente atípico e inesperado. “Na graduação, a Suprema nos forma com o embasamento teórico muito sólido e, me arrisco a dizer, mais ainda na questão da relação entre médico e paciente. Foi a Suprema quem me preparou e permitiu que, apesar de toda situação extraordinária da pandemia, eu me sentisse seguro para ajudarmeus pacientes”, ressalta Flávio. Para o egresso da Suprema, vivenciar a prática da Medicina num momento como

este traz uma carga muito grande de aprendizado. “Você precisa pensar e agir rápido. A literatura é escassa por se tratar de uma doença nova. Neste aspecto, foi uma grande lição logo no início da minha carreira”, diz.


Criando forças para seguir em frente

Flávio Vieira revela que perder um paciente, sem dúvidas, foi o maior temor durante o período em que esteve na linha de frente. Ele comenta que lidar com a Covid-19 é uma situação bastante delicada, porque a doença pode evoluir muito rapidamente, descompensando quadros de base pré-existentes dos pacientes. “Chegamos a ter um paciente com alta programada, mas que agravou de forma súbita e veio a óbito, imagine como foi doloroso comunicar a uma f ilha que seu pai não iria mais retornar para a casa. Isto, sem dúvida, foi o pior momento para mim e para toda equipe. Porém, precisávamos seguir em frente. Se a Covid-19 não pode esperar, nós também não podemos”, conta.


O jovem médico é um dos que acredita que a mudança da sociedade será inevitável. O “novo normal” já está sendo vivenciado pelo simples fato de situações impensadas há um ano estarem acontecendo, como o uso de máscaras. “Além disso, a pandemia mostra para a ciência e para a Medicina que, apesar de toda a preparação a que somos submetidos, sempre surgirão situações imprevisíveis que em princípio se mostrarão fora do nosso alcance. Nesse sentido, nós médicos temos que ter a humildade de entender que o tempo guiará nossos passos. É ele quem comanda

os momentos em que seremos capazes de assimilar o que estamos vivendo. Mas o bonito da Medicina é isto, nenhum problema, por mais impensável que seja, será maior que a vontade de atender nossos pacientes da melhor forma possível”, finaliza.

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